Raina Telgemeier, autora desta novela gráfica, usou a sua experiência pessoal para fazer este livro, uma história meio ficional, meio autobiográfico sRaina Telgemeier, autora desta novela gráfica, usou a sua experiência pessoal para fazer este livro, uma história meio ficional, meio autobiográfico sobre uma adolescente que está num grupo de teatro.
Então, da minha parte, que cresci num grupo de teatro, onde fiz grandes amigos (que passado tantos anos ainda estão do meu lado) que vivi tantas aventuras, que fez-me rir até doer a barriga, um grupo onde via como uma segunda família, um verdadeiro refúgio.
Era um lugar onde podia descobrir quem eu era. Onde ria mais, onde ouvia mais, arriscava mais e aceitava mais quem eu era e como o mundo era. Foi então muito fácil identificar-me com este livro, com as suas personagens as suas vidas e os seus dramas.
É um livro bastante simples, com uma trama fácil de prever e recheado de clichês, mas que prova que a infância é algo atemporal. Um livro mágico à sua maneira, que preserva a magia da nostalgia em cada detalhe....more
Nimona é um livro que se desafia a si mesmo. Que luta para mostrar que nunca há um lado certo e um lado errado, que a linha entre o lado bom e mau é tNimona é um livro que se desafia a si mesmo. Que luta para mostrar que nunca há um lado certo e um lado errado, que a linha entre o lado bom e mau é tão fina e tão ténue que é difícil de distinguir.
Aqui, acompanhamos dois lados diferentes da mesma moeda. E, tenho que dar os meus parabéns ao trabalho da autora; pois conseguiu equilibrar os dois lados e dar a cada um o seu devido destaque.
Além da ação esperada para as batalhas em que estes dois polos se encontram, temos momentos de fantasia e de ação, alguma pitada de magia e até romance, tudo verdadeiramente aliciante para os olhos, com um visual de cortar a respiração e recheado de personagens carismáticas.
A ilustração é responsável por criar um contraste perfeito entre a trama e o ritmo na narrativa. Não é só uma história empolgante, que se passa algures numa época medieval, mas também tem o seu tom humorístico, muito à conta das nossa querida protagonista Nimona.
Sendo um livro muito rápido de ler, a história é bastante simples, mas ainda assim bem construída e visualmente apelativa. E que funciona tão bem sem grandes complexidades.
Nimona termina com um gosto de quero mais, aliás, muito mais! Porque é DE-LI-CI-O-SA!...more
A Revolta o terceiro volume de Jogos da Fomes (ou The Hunger Games, para quem não gosta da tradução portuguesa) é o mais desafiante livro da tão aclamA Revolta o terceiro volume de Jogos da Fomes (ou The Hunger Games, para quem não gosta da tradução portuguesa) é o mais desafiante livro da tão aclamada trilogia de Suzzane Collins. E, o mais interessante nesta reta final, é que todas as situações mais sombrias que se poderiam esperar após o final do livro anterior aconteceram.
Poderia ser Katniss uma psicopata depois de tanto sofrimento? Poderia ser cega em relação ao Peeta e realizar ações maquiavélicas para o manter junto a si? Poderia ser extremamente violenta, depois de tantos abalos?
Após dois inesperados volumes com reviravoltas deliciosas, o caminho que a autora escolheu, para o desfecho desta trilogia não poderia ser o melhor. Quem leu o livro (pois a minha chegada à serie é muito tardia) sabe que a história irá explorar diversos assuntos, mas sempre com um dedo na ferida do que é certo do errado, da verdade e da mentira.
A narrativa traz uma mensagem muito clara: a paz perfeita que todos almejam não é tão perfeita assim e não é tão fácil chegar, e Katniss (que se encontra mais descolada e perdida neste final volume) percebe isso.
Percebe, principalmente que não há vitória sem sacrifícios e não poderia haver um final mais desafiante que este. ...more
Clássicos da Literatura em Banda Desenhada, é um presente aos amantes de BD, onde ressuscita clássicos, dando a oportunidade dos mais jovens (até mesmClássicos da Literatura em Banda Desenhada, é um presente aos amantes de BD, onde ressuscita clássicos, dando a oportunidade dos mais jovens (até mesmo dos graudos) de conhecer estes contos de uma outra forma e perspectiva.
"A Volta ao Mundo em 80 Dias" é o primeiro volume traduzido e adaptado para as terras lusitanas e, embora as ilustrações são de encher os olhos, a história (que nos poupa a apresentações) é contada numa forma muito acelerada, que sofre de muitos saltos temporais, sem dar espaço para ficarmos à vontade com as personagens ou os desafios que encontram pela frente.
Desviamos um pouco da falta de enrendo e olhamos para as belissimas ilustrações que são vibrantes, poderosas e que salvam qualquer tipo de lacuna que a narração deixa.
Uma Bd que embora não seja perfeita, prima pelo seu traço, pelas suas cores e o seu humor....more
Logo nas primeiras páginas, "Em chamas" definiu o seu tom e o seu ritmo: denso e demorado. Longe de ser um livro alucinante e recheado de reviravoltasLogo nas primeiras páginas, "Em chamas" definiu o seu tom e o seu ritmo: denso e demorado. Longe de ser um livro alucinante e recheado de reviravoltas.
É uma distopia bem sólida, que se passa num mundo pós-apocalíptico e que faz jus à sua proposta; retrata a luta pela liberdade de um sistema oprimido e viciado de luxos às custas das classes mais pequenas. Trazendo algumas questões para reflexão que, até hoje, poderemos encontrar na nossa sociedade; a manipulação que os grandes conseguem ter pelos mais pequenos.
Embora não tenha causado tanto impacto como o primeiro volume, "Em chamas", segue uma vez mais a protagonista, que tão bem conhecemos e o seu caminho. Dividido em três partes; os conflitos dentro do distrito 12 , as descobertas sobre o mundo em que vivem e por fim os jogos; a libertação e aceitação da protagonista como símbolo principal de uma revolta. Esta divisão em três ambientes deixa, então, a história mais dinâmica, mais introspectiva.
É uma história sobre amadurecimento e sobre o destino. Faz sentido que assim o seja, uma vez que Katniss é uma pequena fagulha, uma ínfima ponta de esperança para conseguir a liberdade que todos os distritos tanto algemam.
E o livro facilita essa visão: apresenta os seus conflitos com muita precisão e sem enrolamentos, que tem uma protagonista que vai amadurecendo consoante as batalhas que vai travando, sejam elas físicas ou psicológicas....more
Este livro não foge à receita de sucesso do anterior, uma história divertida, com uma personagem espontânea, querida, por vezes emotiva, egocêntrica Este livro não foge à receita de sucesso do anterior, uma história divertida, com uma personagem espontânea, querida, por vezes emotiva, egocêntrica e muito teimosa, que nos poupa a apresentações. Pois Wimpy Kid é um fenómeno mundial e acarinhado por todos os cantos do mundo.
Todas estas características levam a mais uma jornada (não muito marcante) de Wimpy Kid. Uma história leve, sem grandes complexidade, afinal de contas é um diário de um pequeno menino que tenta sobreviver à escola e ao seu irmão.
Este, é o grande foco desta aventura, o terrível Rodrick, o irmão mais velho de Greg Heffle, que ao longo do seu dia-a-dia vai atiçando e provocando o pequenino (e nada inocente) Greg.
Apesar de todas as adversidades destes dois irmãos, eles amam-se à sua maneira, mesmo que não admitam nem demonstram da melhor maneira. Afinal de contas, quem já não discutiu, provocou e entrou em discussão com o seu próprio irmão?
Um diário que entretém da melhor forma, acompanhado com as ilustrações que o autor já nos habituou, não muito complexo e acima de tudo uma linguagem acessível.
O ideal para fugir à rotina e entrar numa história divertida sem grandes porquês. Perfeito para pôr a pequenada toda a ler! Ou, tal como eu, a melhor catapulta para começar a ler inglês. ...more
Contos de Fadas para Millenials. é, na verdade, fruto de seu próprio tempo e contexto histórico/social e é assim que esta obra deve ser absorvida. TenContos de Fadas para Millenials. é, na verdade, fruto de seu próprio tempo e contexto histórico/social e é assim que esta obra deve ser absorvida. Tendo o objectivo de recontar os contos de fadas que tão bem conhecemos num tom satírico
Branca de Neve, Capuchinho vermelho e Patinho Feio (talvez a minha história preferida desta coletânea ) são três, de doze contos, que foram explorados. E, para mim, os melhores. Pois as ideias preconceituosas que estão presentes nos antigos contos de fadas são bem retratadas e criticadas.
Embora todos os contos tenham as suas críticas e há uma dedicação em trazer novos elementos e novos pontos de vista (como três porquinhos que gerenciam uma loja de imobiliário, uma família de três ursos que têm um restaurante de papas de aveia, uma Capuchinho vermelho que faz entregas de comida por toda a floresta ou até mesmo uma princesa que tem um perfil numa aplicação para encontros com sapos), a roupagem que o autor concede fica muito a desejar, deixando-me desiludido ao virar das páginas.
É um livro que tenta ter a sua graça e que tenta aproximar-se da realidade e da faixa etária ao qual se propõe com uma lingua mordaz e atual. Mas que é extremamente fraco e inconsistente, deixando a ideia de uma narrativa divertida e de uma leitura leve, aquém da expectativa......more
Antes de conseguir escrever alguma coisa sobre este livro, é preciso tirar algo do caminho: acho fascinante o mundo distópico criado pela autora, poisAntes de conseguir escrever alguma coisa sobre este livro, é preciso tirar algo do caminho: acho fascinante o mundo distópico criado pela autora, pois há tanto ao nosso dispor e tantas coisas para serem descobertas, que ao virar de cada página há sempre algo novo para ser explorado.
Mas não é a ação ou a aventura que sustenta a história, ou o mundo fantástico e a sua narrativa, mas sim as suas personagens. Ou melhor a personagem principal, Esta foi uma lufada de ar fresco, ambiciosa e determinada, Jude, vive num confronto interior, que realça os seus maiores defeitos e virtudes, acrescentando-lhe carácter e sentido à personagem.
Nos momentos mais sombrios revela-se forte, nos grandes desafios revela-se determinada, nas ocasiões mais inesperadas revela-se corajosa.
É ela que rouba todos os holofotes, que dá alma, voz e confere um certo tempero à história toda.
Este livro deixou-me desprevenido, tenho que confessar. Depois de tantas fantasias que me passaram pelas mãos, cuja as jornadas e reviravoltas (e mais reviravoltas) foram fáceis de prever, esta deixou-me embasbacado.
Uma história assombrosa, com uma narrativa que não nos poupa a nada: algo terrível acontece logo no primeiro capitulo, e no desenrolar da história essa sensação de perigo vai crescendo, assim como cresce uma aura de melancolia, de desejo e ambição.
É selvagem, cruel e com um je ne sais quoi de genialidade.
Recomendo, sem medos e sem pensar duas vezes!...more
Noivos à força, é um prato de queijos recheado de clichês, com personagens carismáticas e um romance cheio de calorias.
Realmente, Noivos à força promNoivos à força, é um prato de queijos recheado de clichês, com personagens carismáticas e um romance cheio de calorias.
Realmente, Noivos à força prometia ser um livro que iria despertar gargalhadas desde o início ao fim, com um tom leve e um certo encanto. E essa promessa é cumprida, mas é pouco profundo e muito fácil de prever.
O que não é surpresa para livros deste género, que seguem uma linha bastante definida; uma mulher que não pode ver um homem à frente (são inimigos por motivos pouco credíveis) mas em situações extremas, os seus planos são atrapalhados e dão por si a ter que conviver um com o outro e aprender a lidar (e a gostar) das suas diferenças.
Um livro que usa os mesmos clichês de sempre, uma protagonista confiante com as suas curvas, mas que acaba por ser tão trapalhona quanto adorável, que esbarra com um homem arrogante e belo, mas que acaba por ser tão doce quando quer. Que se odeiam, mas que se desejam.
Mesmo que o livro não traga uma grande história e com uma grande mensagem, acaba por entreter e que deixa um sorriso leve. Não é, definitivamente, um livro que me abalou e que me marcou ou que irei guardar comigo para sempre, mas é um livro que deixa o coração um pouco mais quentinho e feliz com o seu final.
"E se formos nós" tinha o potencial para ser uma história épica, pois é uma história que nos fala de coincidências, dos planos do destino e de amores "E se formos nós" tinha o potencial para ser uma história épica, pois é uma história que nos fala de coincidências, dos planos do destino e de amores à primeira vista.
Até aí tudo bem, é um livro que a meu ver tem os ingredientes certos para me deixar agarrado, mas infelizmente a trama não fez justiça aos ingredientes que à partida seriam os suficientes, pois esbarrei com alguns elementos que me tiraram o prazer de ler e apreciar a história na sua totalidade.
Para além de diálogos meio desconectados e muito forçados (talvez um problema de ler um livro traduzido) Arthur, uma das duas vozes que narram esta história, foi uma personagem muito difícil de conectar-me, apesar dos seus 16 anos, achei-o muito infantil e sem qualquer tipo de profundidade. As discussões (muita delas motivadas por Arthur) foram fracas e ridículas, deixando a sensação de que os autores queriam entregar algum drama, mesmo com motivos supérfluos.
No geral, "E se formos nós" é uma história com uma ideia engraçada e que cria alguma magia e esperança, que fala sobre personagem que carregam os seus mundos nas costas, com os seus defeitos, os seus medos e virtudes.
Personagens que giram leves pelo mundo e sem grandes preocupações, que estão dispostas a enfrentar as tiranias do universo ... e encontrar um grande amor no virar na esquina ou quem sabe, no posto do Correio....more
"Conversas entre amigos" foi provar o que já esperava; adoro a escrita da autora, adoro as suas histórias tão simples e tão complexas ao mesmo tempo.
C"Conversas entre amigos" foi provar o que já esperava; adoro a escrita da autora, adoro as suas histórias tão simples e tão complexas ao mesmo tempo.
Com uma narrativa que se torna tão rica ao longo da história, "Conversas entre amigos" prima por diálogos profundos, que faz com que a história nos guie numa narrativa intensa e obscura.
Mais uma vez é nos apresentado personagens comuns, que têm os seus defeitos e as suas virtudes. Frances, Bobbi, Melissa e Nick dividem os holofotes desta história. São eles um leque de personagens tão rica que há um certo sabor na essências das personagens e nas possibilidades que podem trazer à narrativa.
Neste livro é abordado temas tão interessantes, como traições, alcoolismo, relações tóxicas, a monotonia de casais, até mesmo poligamia, mas todas elas incrivelmente bem trabalhadas, de uma forma que me prendeu e surpreendeu.
Frances, a personagem principal desta história é impulsiva nas suas decisões, mesmo que isso signifique ter um caso extraconjugal. Não que isso seja uma desculpa para a sua obsessão e as suas decisões, mas pelo excesso de expectativa que tem de si mesma e sua vulnerabilidade.
Uma personagem que resiste contra os clichés de ser uma protagonista boa e sem falhas, mas sim, que luta para se encaixar nos padrões que tanto se difere.
O facto de não termos algo concreto para esta história, a não ser o dia-a-dia das personagens, não tira o seu mérito, pois o conflito que é apresentado na história é tão bonito e tão interessante, que torna toda a narrativa cheia de novas possibilidades....more
Heatstopper continuou a conquistar-me com a sua doçura, química e o brilhantismo das ilustrações tão simples e mágicas de Alice Oseman.
É uma história Heatstopper continuou a conquistar-me com a sua doçura, química e o brilhantismo das ilustrações tão simples e mágicas de Alice Oseman.
É uma história que tem tudo para adocicar qualquer coração, de um jeito leve, sem preocupações, sem excessos ou divagações, tudo na medida certa.
Neste volume fala, uma vez mais, da partilha, da descoberta e como viver uma paixão pode transformar a nossa maneira de ver o mundo.
É essa a mensagem mais importante e intemporal que serve de exemplo para qualquer pessoa e que é retratado de uma maneira tão bonita. Saber amar e respeitar, a aceitação e a tolerância, para com o outro.
Uma história doce, com personagens destemidas, carismáticas e sensíveis. Confirmando que às vezes tudo o que precisamos é de um bom livro com chichés bem feito....more
São essas as dificuldades e os sentimentos que a história alimenta e propõe ao leitor. Um história sobre uma meia irmA perda, a frustração e a derrota.
São essas as dificuldades e os sentimentos que a história alimenta e propõe ao leitor. Um história sobre uma meia irmã que se acha feia e que é defenida por o que os outros acham que é o melhor para ela.
A essência desta obra é construída através de perspectivas que procuram dar um novo tom à história da Cinderela, assim a história vai desenhando novas criaturas, novas personagens, novos cenários e novos dilemas que compõem e tornam mais rica e humaniza este clássico. Nesta história não é a Cinderela ( ou Ella ) que é a protagonista, mas sim uma das antagonistas da história; Isabelle uma das meias irmãs feias da futura princesa.
Isabelle é uma óptima protagonista para acompanhar, pois ela mostra diversos aspectos de uma personalidade que é tão fácil relacionar e ao mesmo tempo muito complexa. Ela erra, procura a beleza, sem se quer perceber o que realmente é o significado de ser-se belo. Perde-se, confunde-se e por vezes deixa a sua verdade acima daquilo que os outros lhe impõem e apontam.
Todos esses aspectos aproximam-nos mais dos seus dilemas, por mais que a história seja fantasiosa e inacreditável. Que trás bons questionamentos às personagens e ao leitor. Convidando-o a descobrir o que está lá fora, quem somos e como nós vemos a nós próprios. Faz nos descobrir o que realmente queremos e que a beleza, está escondida nas coisas mais simples e por vezes mesmo em frente aos nossos olhos.
Uma história que fala sobre dificuldades, e sobre dúvidas. Mas é também uma história sobre o poder da insistência, de não dar ouvidos a pessoas tóxicas e na tentativa-erro conseguir encontrar o final feliz...more
"A minha avó pede desculpa" é um livro sobre uma pequena menina, que tem quase oito anos, que tenta navegar e viver num mundo de adultos à sua maneira"A minha avó pede desculpa" é um livro sobre uma pequena menina, que tem quase oito anos, que tenta navegar e viver num mundo de adultos à sua maneira.
Após a morte da avozinha de Elsa, esta descobre que as histórias que a avozinha contava-lhe e o mundo imaginário que construiram juntas não são simplesmente lugares mágicos para se refugiar nas suas horas de sono e das coisas más da vida. Mas é mais que isso, mais que um mergulho em sonhos e em pesadelos. E é esse Universo imaginário que lhe vai permitir atravessar o luto.
O discurso desta história é triste de acompanhar, vemos lágrimas e sofrimento de personagens que se desentendem umas com as outras, mas que nunca chega a ser uma história melancólica para o leitor. Isto porque a imaginação da pequena Elsa não é apenas para ela fugir do peso que é perder um ente querido, mas aliviar a situação para o leitor.
Num todo o livro tem as suas escorregadelas, temos personagens que vão de carismáticas (bem-vinda de volta Britt-Marie!) a irritantes (olá Kent.) e uma transição irregular de momentos sérios e com dramas desnecessários e infantis.
Mas, não é tão pesado como o tema sugere, pois, nos seus melhores momentos, luto é falado de uma maneira original e estranhamente amável.
Uma história que ensina a viver intensamente com jubilo e a alegria sempre presente, mesmo em doses pequenas E é essa a premissa que torna toda esta história ainda mais comovente e mais sonhadora. Uma história contada por menina que se propôs a entregar todas as cartas que a sua avozinha lhe deixou e que, na verdade são mais do que mágicas! ...more
Quando os grandes desastres acontecem, temos duas opções; fugir ou enfrentar (e lutar) contra os problemas, esta é a história de Britt-Marie e como a Quando os grandes desastres acontecem, temos duas opções; fugir ou enfrentar (e lutar) contra os problemas, esta é a história de Britt-Marie e como a vida lhe trocou as voltas.
A nossa protagonista não é daquele género de pessoas que se atira de cabeça, ou como ela gosta de dizer «do tipo de pessoas que saltam». Mas, Britt-Marie tem que mudar radicalmente o seu quotidiano, pois assim a vida o exige e acaba por parar na pequena cidade chamada de Borg, cidade essa esquecida e engolida no meio de tantas outras.
E não dá como ser ela própria depois do impacto desta repentina mudança, pois o futebol entra na sua vida sem ela própria querer, uma ratazana que gosta de snickers é a sua nova confidente e acaba por a alugar um pequeno quarto com uma pequena varanda. É assim que a aventura começa e este livro ganha vida.
Na verdade, a essência da personagem é o verdadeiro ouro de toda esta obra, uma personagem com uma personalidade tão peculiar que não há como não gostar dela. Britt-Marie garante que uma pessoa é só boa pessoa e com uma educação exemplar se tiver uma gaveta de talheres bem organizada e longe de ser uma pessoa com preconceitos, simplesmente tem muito em conta as pessoas e o que elas fazem ou dizem.
Uma história que fala de amor, da necessidade de pertencermos a alguém e a algo. De sentir que estamos vivos e que fazemos falta. De encontrar felicidade em qualquer tipo de contexto. Uma obra que revela que existem novos caminhos por onde seguir e novos trilhos por onde explorar.
Já que afinal de contas Britt-Marie esteve aqui e saltou como pode e como soube ... e foi uma salto grandioso!...more
Pessoas Normais é uma narrativa que me cativou desde a primeira até à última página, deixando-me com uma crescente ansiedade e curiosidade para continPessoas Normais é uma narrativa que me cativou desde a primeira até à última página, deixando-me com uma crescente ansiedade e curiosidade para continuar a leitura.
Apesar de ter uma trama aparentemente simples, o livro aborda duas pessoas comuns, com os seus defeitos, qualidades, virtudes e ambições (ou a falta delas).
Marianne e Connell, os protagonistas, conhecem-se desde crianças numa pequena e pacata cidade. Embora sejam inicialmente muito diferentes, ao longo da narrativa, as suas diferenças começam a complementar-se, tornando-os, de certa forma, semelhantes. A história desenrola-se ao longo de quatro anos, começando no secundário e atravessando uma série de altos e baixos, com dramas, violência, perdas, sexo e desejo.
Durante este período, as personagens crescem significativamente, moldadas pelas suas escolhas e pelas circunstâncias que as rodeiam. Apesar das tentativas de fugir de si mesmas e dos seus fantasmas, a vida acaba por lhes mostrar que, mais do que nunca, estão a aproximar-se da verdadeira essência de quem são.
A obra é imparcial e perspicaz, obscura e sedutora, culminando num final que é a cereja no topo do bolo.
Pessoas Normais fez-me perceber o quanto há para entender e aprender sobre a vida, como algumas pessoas podem ter um impacto simultaneamente positivo e negativo em nós, mas, no final, a vida continua, independentemente das circunstâncias, das escolhas e dos cenários em que nos encontramos....more
"No final, morrem os dois" é um livro doce, inocente, mas também sombrio, com o seu ponto otimista e cheio de esperança, o livro ideal para acabar bem"No final, morrem os dois" é um livro doce, inocente, mas também sombrio, com o seu ponto otimista e cheio de esperança, o livro ideal para acabar bem o meu ano.
Com um enredo poderoso, impactante e muito bem costurado, este livro nasce sob uma pergunta; "e se soubéssemos quando seria o nosso último dia? O que faríamos dele? O que mudaríamos?"
"No final, morrem os dois", tem uma narrativa muito atraente e o seu desenvolvimento é monstruoso, principalmente com as suas personagens, que lutam pelo luto, uma sensibilidade sem igual com um tema tão delicado!
É numa sociedade distópica, que acompanhamos Mateo e Rufus, que logo no início da história sabem o seu destino; vão morrer ao longo das próximas 24 horas. O Mateo é uma personagem pura e inocente, empática a altruísta, (revi-me muito nesta personagem principalmente pelo medo de viver, de sair da sua pequena bolha). Enquanto Rufus, é o seu oposto, é impulsivo, um pouco maduro de mais em comparação ao Mateo, e estas duas personagens acabam por se encontrar um no outro, o que um tem a mais o outro tem a menos. Um perfeito yin e yang.
Um livro emocionante e sensível onde todas as dores e sensações mais tristes foram extremamente palpáveis e exploradas.
É otimista na sua essência, o que não me incomoda, pois no final de contas já sabemos o final das personagens e o rumo que a história irá tomar ...
Embora tenha ficado com coração apertado, "No final, morrem os dois", é um livro sem grandes excessos ou demasiado frio, perfeito para deixar uma lágrima no canto do olho e não esquecer de viver o dia, como se fosse o último....more
Viver sem ti, fala sobre o fim e o início de ciclos.
O fim; Seguir o percurso de Louisa Clark teve um sabor agridoce, a história começa uns meses depoiViver sem ti, fala sobre o fim e o início de ciclos.
O fim; Seguir o percurso de Louisa Clark teve um sabor agridoce, a história começa uns meses depois dos últimos eventos do primeiro livro. Percebemos quais foram as decisões que Louisa Clark teve ao longo desses meses. Decisões essas que não foram as mais fáceis, nem tão pouco pequeninas. Mas sim dolorosas e tristes, que deixam um gosto amargo na boca. Decisões grandes, que a levaram a sair de casa a percorrer países e ruas sem rumo. Ver a personagem (que outrora era cheia de vivacidade) num vazio inexplicável e em modo piloto automático foi doloroso.
Loisa Clark neste livro perdeu um pouco do seu brilho, da sua peculiaridade, deixou os seus vestidos exuberantes, os vestidos vitage, os vestidos que eram às bolas, às riscas e aos quadrados, de cores próprias e únicas. É talvez a personagem que sofreu mais a perda, de uma forma exagerada e melodramática, deixando por vezes irreconhecível com pensamentos destrutivos, nada característicos da personagem.
Mas a perda de Will foi devastadora não só para a personagem principal, como também para o restante leque de personagens que viviam e conviviam directamente (e indirectamente) com Will. Esta história é essencialmente uma forma de mostrar como cada personagem seguiu as suas vidas após os últimos acontecimentos do livro anterior.
O início; Mas esta perda é também uma oportunidade para abrir uma nova janela nas suas vidas, abrir um novo espaço para o crescimento, começar a ver a vida de uma nova perspectiva e descobrir que depois do desespero e da tristeza chega a paz. Chega a aprendizagem, chega o (re)começo, uma lufada de ar fresco de novas oportunidades, novos caminhos e cruzar-se com novas pessoas (o paramédico Sam ou a irreverente Lily, personagens que se tornam um grande pilar para o desenvolvimento e a superação não só de Clark, como também das outras personagens)
No final de contas, não é um livro muito importante para a evolução da trama, prima pelos diálogos inteligentes e cheios de carisma, pela narração doce de Jojo Moyes, mas o suficiente para me deixar preso, mas não o suficiente para sentir que é um livro necessário e importante.
Muitos dos novos elementos adicionados à trama não foram suficientemente fortes para ficar agarrado como no primeiro livro. Embora Louisa Clark deixa uma subtil nota ao leitor:
Que o tempo acaba por resolver tudo e que chegaremos ao sítio certo, mesmo que tenhamos que sofrer muito, verter muitas lágrimas e deixarmos as pessoas que mais amamos pelo caminho, deixa-las partir....more
"Lá fora Chove, Cá Dentro Também, Passo aí a Apanhar-te?" é um livro que não é espetacular, reconheço. É um livro simples, mas poderoso nas sua mensag"Lá fora Chove, Cá Dentro Também, Passo aí a Apanhar-te?" é um livro que não é espetacular, reconheço. É um livro simples, mas poderoso nas sua mensagem. Fala sobre primeiros amores, amizades, racismo, sobre perdas e ganhos e como lidar com as adversidades que aparecem pelo caminho. Escrito numa prosa belíssima recheada de pequenas frases que nos fazem pensar.
Um livro melancólico e mesmo que não seja impactante, não quer dizer que não mereça um pouco do nosso tempo e da nossa atenção. É um livro credível, que aborda temas profundos, delicados e que traz uma boa mensagem no final de tudo. Mas o mais curioso de tudo é que em cada capitulo há uma musica para ouvir e saborear enquanto se lê.
Com ou sem chuva, será um livro que guardarei com muito carinho. ...more
"28 livros para te encontrar" não é apenas "mais um romance" como tantos outros, mas sim, uma obra que valoriza a amizade da forma mais natural possív"28 livros para te encontrar" não é apenas "mais um romance" como tantos outros, mas sim, uma obra que valoriza a amizade da forma mais natural possível, mas com uma premissa bastante básica e simples.
Apesar de ser pouco profundo, este livro tem uma referência gritante e de arregalar os olhos com tantas obras literárias mencionadas, não só valoriza grandes clássicos, como também destaca YA e livros de fantasia, que qualquer um poderia identificar, reconhecer ou, nas melhores das hipóteses, ter nas suas prateleiras.
Além do cardápio de obras literárias, uma das grandes virtude deste livro são as personagens, mesmo com uma história com um tema tão clichê (rapariga com a sua vida num caos, decide que é altura de recompor a sua vida e de arranjar um novo amor ) não cai na preguiça de abusar nos estereótipos, pois as personagens são inteligentes, ricas e muito carismáticas e as peripécias que as personagens encontram nas suas jornadas são bastante cômicas.
Mesmo que carregue um verniz previsível, há contornos de autoajuda aqui e acolá, mas nada de outro mundo. Uma das pequenas lições que o livro tenta nos mostrar é que às vezes procuramos algo que na verdade está sempre à nossa frente (ou até mesmo dentro de nós).
Não é uma obra prima, mas com certeza é uma história que faz frente perante livros de romance que lhe são semelhantes. Um livro que aquece com a sua fofura, afinal de contas, quem não gosta de ver o seu livro preferido referido numa história? ...more
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