O Labirinto da Saudade Quotes

Rate this book
Clear rating
O Labirinto da Saudade: Psicanálise Mítica do Destino Português O Labirinto da Saudade: Psicanálise Mítica do Destino Português by Eduardo Lourenço
230 ratings, 3.96 average rating, 19 reviews
O Labirinto da Saudade Quotes Showing 1-5 of 5
“O encontro com os outros é o verdadeiro encontro connosco.”
Eduardo Lourenço, O Labirinto da Saudade: Psicanálise Mítica do Destino Português
“Leccionados pela história — na medida em que ela pode leccionar uma colectividade que é uma das mais desmemoriadas que é possível conceber-se — chegou o tempo de nos vermos tais como somos, o tempo de uma nacional redescoberta das nossas verdadeiras riquezas, potencialidades, carências, condição indispensável para que algum dia possamos conviver connosco mesmo com um mínimo de naturalidade. Os Portugueses vivem em permanente representação, tão obsessivo é neles o sentimento de fragilidade íntima inconsciente e a correspondente vontade de a compensar com o desejo de fazer boa figura, a título pessoal ou colectivo.”
Eduardo Lourenço, O Labirinto da Saudade: Psicanálise Mítica do Destino Português
“De Portugal enquanto realidade presente não espera Pessoa nada. Do Portugal como nauta de si mesmo, como história-profecia de que Mensagem interroga os anúncios e signos sucessivos, tudo. Sem poder e sem renome, como no seu texto se proclama, Portugal não pode ser outra coisa senão teatro de uma epopeia da alma de uma «ulisseia» espiritual, invenção de um Ocidente futuro para o qual Portugal-Esfinge parece olhar, de costas voltadas a uma Europa há muito entregue aos demónios da vontade de poderio.”
Eduardo Lourenço, O Labirinto da Saudade: Psicanálise Mítica do Destino Português
“O Quinto Império, segundo Pessoa, é algo mais do que a promoção estelar, a conversão em mito do irrealismo histórico de uma nação condenada desde a origem a esgotar-se em sonhos maiores que ela mesma?”
Eduardo Lourenço, O Labirinto da Saudade: Psicanálise Mítica do Destino Português
“É sob a máscara frenética de Alvaro de Campos, fundeado na barra do Tejo, «de costas para a Europa, braços erguidos fitando o Atlântico e saudando abstractamente o infinito» que o reservado, o tímido Fernando Pessoa enviará sumptuosa e vibrantemente “À merda” todo esse lixo imperial e imperialista.”
Eduardo Lourenço, O Labirinto da Saudade: Psicanálise Mítica do Destino Português